Poucos sabem da realidade e das particularidades da batalha espiritual na qual estão envolvidos, entretanto, ela é a responsável por inúmeros fracassos e derrotas vividas por milhares de pessoas em todas as partes do mundo.

Dentro deste assunto de amplitude global podemos ir desde guerras entre nações, fracassos profissionais até um caso isolado de separação de casal por exemplo.

Lógico que não devemos estigmatizar tudo o que acontece à nossa volta como sendo batalha espiritual, porém não devemos tratar o assunto com ceticismo, não dando ao mesmo, importância ou devida atenção e acima de tudo um tratamento dentro do campo do discernimento espiritual.

A Bíblia Sagrada é a maior autoridade dentro deste domínio.

Ela nos revela o desdobramento da guerra espiritual, como também os seus atores principais, seus objetivos e suas inevitáveis consequências.

Os fundamentos da batalha espiritual no antigo testamento

No Antigo Testamento podemos ver a luta espiritual acontecendo sempre em torno da sobrevivência da nação que o próprio Deus escolheu para ser como nação sacerdotal.

Isto é, uma nação gerada de modo sobrenatural para atuar, fundamentalmente, entre as demais nações no campo espiritual.

Assim como os sacerdotes tinha a missão de levar o povo diante da presença de Deus e ministrar a presença de Deus para o povo escolhido, assim seria Israel para as demais nações.

As guerras enfrentadas por Israel demonstrando constantemente intervenções Divinas ressaltam de maneira altruísta o cuidado e a proteção de Deus em relação àqueles que foram denominados como povo Seu.

Você que é um ou uma garimpeiro (a) das verdades santas, um navegador (a) das páginas do Livro Santo, sabe muito bem que aquelas guerras combatidas e enfrentadas por Israel tinha sempre Deus como o Protagonista Fiel.

Não foram as habilidades de liderança de Moisés que deram à Israel muitas vitórias nas batalhas espirituais, também não foram as estratégias inteligentes de Josué nas lutas espirituais a caminho de Jericó que tornaram o nome de Israel temido entre as nações.

Sabemos muito bem que foram as instruções e o agir de Deus que coroaram aquele de povo de grandes conquistas e que os levaram a ampliar os seus termos as suas fronteiras para além daquilo que algum hebreu poderia imaginar quando ainda vivia como escravo no Egito.

O terrível plano arquitetado por Faraó cuja finalidade era tornar Israel uma nação sem poder de guerrear, já que a ordem era matar todos os meninos recém-nascidos, como também a mistura da raça que certamente incluiria a idolatria na linhagem monoteísta dos hebreus, tem uma saída milagrosa quando um menino é colocado em uma arca pequena de juncos e é conduzido não pela maré do Rio Nilo, mas pelas mãos do Deus Todo-poderoso até a filha de Faraó.

Este menino “tirado das águas”, pois é este o significado de seu nome, Moisés, viria a ser tornar o grande libertador de seus irmãos daquela terra de vergonha e escravidão.

“E foi-se um varão da casa de Levi e casou com uma filha de Levi. E a mulher concebeu, e teve um filho, e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses. Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos e a betumou com betume e pez; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à borda do rio. E a irmã do menino postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer. E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam pela borda do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, e a tomou. E, abrindo-a, viu o menino, e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele e disse: Dos meninos dos hebreus é este. Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Irei eu a chamar uma ama das hebreias, que crie este menino para ti? E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. E foi-se a moça e chamou a mãe do menino. Então, lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino e criou-o. E, sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou o seu nome Moisés e disse: Porque das águas o tenho tirado.”

Êxodo 2.1-10

Lembram-se do acontecimento em Jericó? Aquela poderosa fortaleza que parecia indestrutível caiu sem que Israel atirasse uma flecha em sua direção.

Aquilo foi uma guerra espiritual à maneira de Deus. Toda a estratégia daquela vitória incomparável fora revelada por aquele ficou conhecido entre as nações como JEOVÁ SABAOTH – O Senhor dos Exércitos! O Senhor dos exércitos dos céus e também da terra.

“O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá)”

Salmos 46.7

Os fundamentos da batalha espiritual no novo testamento

No Novo Testamento podemos ver a batalha espiritual acontecendo vigorosamente no campo da vida humana e não mais uma questão de preservação de uma nação ou conquista de territórios.

No Novo Testamento a grande questão é o ser humano e a sua salvação!

A profecia de Isaías no capítulo 61.1-3 de seu livro estabelece os fundamentos da humanização do Messias e como através de uma vida cheia do Espírito Santo quebraria de uma vez por todas os grilhões da escravidão espiritual.

Jesus de modo algum se tornou homem, ser humano, para conduzir Israel numa épica guerra contra o Império Romano.

Jesus tinha uma missão muito mais gloriosa e urgente.

Ele se tornou ser humano para estabelecer nossa vitória em definitivo contra o pecado e a morte nos colocando em um Reino não de limites terrenos, mas celestiais; não na glória de exércitos humanos, mas na presença do Grande Rei de toda a eternidade.

Sua morte na cruz e posterior ressurreição nos deu passagem não para a glória transitória e mentirosa das coisas terrenas, mas para o eterno cuja glória verdadeira não tem fim!

“Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;”

Colossenses 1.13,14

Em um pouco mais de três anos Jesus Cristo desautorizou a Satanás quebrando o seu domínio de escravidão sobre seres humanos contra o qual não tinham condições de vitória na luta espiritual.

E quando a Luz vence as trevas, a Verdade vence a mentira e Santidade vence o desejo carnal.

“Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galileia. E, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Rebulo e Naftali, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: A terra de Zebulom e a terra de Naftali, junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galileia das nações, o povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou. Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.”

Mateus 4.12-17

O alvo que Jesus quer alcançar é a salvação e a libertação de vidas; curas diversas; abertura de prisões espirituais, e isto se dá numa verdadeira guerra espiritual travada nas ruas, cidades, casas, templo e sinagogas.

Como vencer a batalha espiritual com as armas de Efésios 6

Os combates de guerra espiritual se estendem também para todo restante das Sagradas Escrituras.

Passa pelo livro de Atos dos Apóstolos com fortes acontecimentos em cidades como Jerusalém, Filípos e Éfeso.

O apóstolo Paulo, o maior doutrinador da Igreja apostólica e hodierna também, enriqueceu o tema batalha espiritual tanto com ensinos doutrinários recebidos diretamente pelo Espírito Santo quanto por experiências vividas pessoalmente, às vezes sozinho, às vezes ao lado de leais companheiros.

“E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão da Macedônia e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos! E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.E, navegando de Trôade, fomos correndo em caminho direito para a Samotrácia e, no dia seguinte, para Neápolis; e dali, para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia e é uma colônia; e estivemos alguns dias nesta cidade. No dia de sábado, saímos fora das portas, para a beira do rio, onde julgávamos haver um lugar para oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram. E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia. Depois que foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa e ficai ali. E nos constrangeu a isso. E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu.   E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas e os levaram à praça, à presença dos magistrados. E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade. E nos expõem costumes que nos não é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos. E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança, o qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior e lhes segurou os pés no tronco. Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam. E, de repente, sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos. Acordando o carcereiro e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido. Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos. E, pedindo luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas. E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. E lhe pregaram a palavra do Senhor e a todos os que estavam em sua casa. E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus. Então, levando-os a sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.”

Atos 16.9-34

Este é somente um dos muitos registros de luta espiritual no livro de Atos dos Apóstolos e doutrinas das cartas paulinas.

Vamos agora analisar o sensacional ensino sobre guerra espiritual que nos deixou o apóstolo Paulo em Efésios 6.

Vamos destacar os pontos mais expressivos dentro desta perspectiva de luta espiritual e absorver o máximo desta verdade espiritual.

Vamos primeiro um pouco sobre a carta e a cidade de Éfeso, suas características e as batalhas espirituais ocorridas naquela região.

Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal:

• Efésios é um dos picos elevados da revelação bíblica. Esta carta transmite um rico transbordar de revelação divina, brotando da vida de oração de Paulo. Ele escreveu a carta quando estava prisioneiro por amor a Cristo (Efésios 3.1; 4.1; 6.20), provavelmente em Roma.
• O propósito imediato de Paulo ao escrever Efésios está implícito em Efésios 1.15-17. Em oração ele anseia que seus líderes cresçam na fé, no amor, na sabedoria e na revelação do Pai da glória. Almeja profundamente que vivam uma vida digna do Senhor Jesus Cristo. Procura fortalecer-lhes a fé e os alicerces espirituais ao lhes revelar a plenitude do propósito eterno de Deus na redenção “em Cristo”.
• Há dois temas fundamentais no Novo Testamento: o primeiro é como somos redimidos por Deus e o segundo é, como nós, os redimidos devemos viver. Os capítulos 1-3 de Efésios tratam principalmente do primeiro e os capítulos d 4-6 focalizam o segundo.
• Há cinco características que predominam nesta epístola. (1) A revelação da grande verdade teológica dos capítulos 1-3 é interrompida por duas grandiosas orações apostólicas. Na primeira, o apóstolo pede para os crentes sabedoria e revelação no conhecimento de Deus (1.15-23); na segunda, roga que possam conhecer o amor, poder, e a glória de Deus (3.14-21). (2) “Em Cristo”, uma expressão paulina de peso (106 vezes nas epístolas de Paulo), sobressai grandemente em Efésios (cerca de 36 vezes). “Toda bênção espiritual” e todo assunto prático da vida relaciona-se com o estar “em Cristo”. (3) Efésios salienta o propósito e o alvo eterno de Deus para a igreja. (4) há um realce multifacetado do papel do Espírito Santo na vida cristã (Efésios 1.13,14,17; 2.18; 3.5,16,20; 4.3,4,30; 5.18; 6.17,18) (5) Efésios é tida, às vezes, como epístola gêmea de Colossenses, pelo fato de apresentarem definidas semelhanças em seus conteúdos e terem sido escritas quase ao mesmo tempo.

Mais detalhes sobre Éfeso retirados do site abiblia.org:

Éfeso, cidade Greco-romana da antiguidade, fica na costa ocidental da Ásia Menor, em uma área litorânea da atual Turquia.

Éfeso foi desde os tempos antigos uma cidade importante por sua posição geográfica.

Um grande centro comercial.

Próxima ao mar o que facilitava o comércio de produtos vindo do interior e era chegada comercial do Mediterrâneo.

Os ourives de prata da cidade desenvolveram um negócio lucrativo vendendo imagens da deusa Diana.

Sua população total estimada em cerca de 400 mil a 500 mil habitantes. Era a quinta mais populosa cidade do império.

Em 133 a.C., Éfeso foi declarada capital da província romana da Ásia, mas pesquisas arqueológicas revelam que Éfeso já era um centro urbano antes de 1000 a.C., quando era ocupada pelos jônios.

Lá estavam alguns dos maiores anfiteatros do mundo, o maior deles com capacidade para 25 mil pessoas em suas arquibancadas.

Também em Éfeso surgiram as condições para uma mudança fundamental no pensamento do Ocidente, durante os séculos VII e I a.C. Éfeso e Mileto, também na Ásia Menor, são berços da filosofia.

Nela se destacavam iniciativas culturais como escolas filosóficas; escola de magos e muitas manifestações religiosas, sendo a mais significativa em torno de Ártemis; a deusa do meio ambiente conhecida como Diana pelos romanos, a deusa da fertilidade.

É dedicado a Ártemis o maior templo nela encontrado por arqueólogos austríacos. Ao lado do templo de Ártemis, com 80 metros de comprimento e 50 metros de largura, foram encontrados suntuosos palácios romanos.

Outras descobertas incluem uma bela casa de banho, de mármore, com muitos quartos, a magnífica Biblioteca de Celso, a “Catacumba dos Sete Adormecidos”, onde foram encontrados centenas de locais de sepultura, e um templo dedicado à adoração ao imperador.

Ali havia uma estátua de Domiciano, o imperador que exilou João Evangelista na ilha de Patmos e perseguiu os cristãos.

Como é comum em praticamente todas as cidades ao redor do Mediterrâneo, também Éfeso acumulava em sua tradição traços religiosos orientais, egípcios, gregos, romanos e judaicos.

Trecho originalmente publicado no Site: www.abiblia.org

Vamos analisar Efésios 6 dentro da perspectiva da batalha espiritual:

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.”

Efésios 6.10-20

1º) “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (v-10) – mostra a fonte de nosso poder e fortalecimento na batalha espiritual. Todo aquele que busca confiar em seus próprios méritos, habilidades e capacidade será alvo fácil para Satanás. O orgulho e a  autossuficiência estão inclusos neste perigoso campo da experiência humana.

2°) “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (v-11) – As astutas ciladas do diabo englobam sua maneira de agir na luta espiritual. Seu modus operandi não deve ser ignorado jamais (2 Coríntios 2.11). Lembre-se sempre toda a armadura de Deus é imprescindível nesta guerra! A armadura completa de
Deus nos dará completa proteção neste embate inevitável.

3º) “Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.”  (v-12) – a natureza de nossa batalha espiritual é objetivamente contra seres que não vemos com nossos olhos físicos. Esta guerra acontece no mundo espiritual. A luta não é de modo algum no campo físico contra seres humanos. Mas no mundo espiritual. Não teríamos chance alguma de vencer esta guerra. Ela é contra seres que não vemos. Por isto também foi nos dado o Espírito Santo. O Espírito de Deus é um poderoso aliado na batalha espiritual. Ele é invencível nesta guerra! Principados, potestades, príncipes das trevas hostes espirituais da maldade, são classificações do império das trevas. Uma espécie de hierarquia do mal. São demônios que possuem certa autoridade espiritual e que atuam em áreas definidas da vida humana, como em nações inteiras, famílias, vida afetiva, financeira, violência urbana, mentiras, enfermidades, desiquilíbrios psicológicos, doenças mentais, suicídios, fracassos profissionais…

4º) “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.” (v-13) – As armas espirituais à nosso dispor são equipamentos infalíveis na luta espiritual. A resistência necessária para dar continuidade a vida vem de se estar muito bem preparado para os combates espirituais do dia a dia. É resistindo que o diabo fugirá de nós (Tiago 4.7). Resistindo não na força das habilidades humanas, mas com oração, adoração e uma vida aprovada por Deus.

5º) “Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça” (v-14) – A verdade e a justiça sempre andarão juntas. Aqui o cinto da verdade aparece para conceder sustentação a toda nossa vida espiritual. Uma vida cristã sem um poderoso fundamento ruirá a menos tempo. Toda cidade bem edificada é suficientemente eficaz nas guerras que enfrenta. Uma couraça que tem força de justiça. A couraça servia para proteger órgãos vitais em um combate corpo a corpo principalmente. Tendo o coração protegido, o centro de nossas maiores emoções, no sentido figurado, nos dará grandiosa vantagem na luta espiritual.

6º)  “e calçados os pés na preparação do evangelho da paz” (v-15) Os pés falam de conquista de territórios, de avançar fronteiras, avançar limites. Aliado ao Evangelho quer dizer semear a Palavra de Deus. Na batalha espiritual está a pregação do Evangelho de Cristo que é capaz de mostrar o outro lado da guerra que é a paz. A paz de espírito, a paz entre os povos. O refrigério de que falou Davi no Salmos 23.

7º) “tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (v-16) – O escudo era uma arma de defesa usada nos tempos bíblicos e foi muito bem ilustrado por Paulo dentro do recorte de guerra espiritual. Na batalha espiritual precisamos também tomar cuidados especiais. Um soldado desatento e sem armas de defesa certamente será atingido e talvez morto. Um artifício de guerra usado por satanás aparece aqui são os dardos inflamados que são lançados contra nós. Nosso inimigo possui vários artifícios de guerra: são lanças, carros, laços, camuflagem espiritual. Estejamos atentos!

8º) “Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (v-17) – O capacete, equipamento imprescindível para proteção da cabeça. Aqui fala da mente que pode ser atingida por guerras nesta área. Nesta área está a consciência, os pensamentos. Lugar onde toda a espécie de males pode ser maquinado como, homicídios, idolatria, feitiçarias, prostituição… Uma mente sarada e transformada dará lugar a coisas boas, construtivas e a excelentes estratégias de guerra. A espada, um excelente equipamento para o combate. Com a espada nos defendemos e também atacamos. A melhor delas é aquela que tem dois gumes (Hebreus 4.12). Portanto, ler, ouvir e guardar a poderosa Palavra de Deus nos dará preciosa vantagem na Batalha espiritual.

9º) “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar” (v18-20) – A oração é uma das mais eficientes armas da guerra espiritual. Enquanto Moisés mantinha as suas mãos para o alto clamando a Deus os exércitos de Deus venciam a batalha; enquanto Paulo e Silas oravam e cantavam num cárcere na cidade de Filipos, houve um terremoto que culminou com a salvação do carcereiro e toda a sua casa. Na luta espiritual o fluxo da oração não pode ser interrompido. Ela é vigor principal de uma batalha espiritual.

Então como se vence a batalha espiritual?

Com concentração e dependência de Deus. Deixando toda a altivez de lado e quebrando toda a força da autossuficiência.

Com fé acima de tudo e não abrindo a boca para murmurar. A murmuração gera morte e não deixa você entrar na Terra Prometida.

Com oração e adoração nos momentos em que tudo parece que não vai dar certo ou até mesmo parece que vai piorar.

Com resignação e uma expressão facial que demonstre que você serve a Deus vivo e que em suas mãos estão a força e a vida para sempre.